Tiros e explosões atingiram a área de Saint Denis, subúrbio de Paris, na madrugada desta quarta-feira (18), à medida que a polícia francesa cercou um apartamento onde estaria escondido um militante islâmico belga, que supostamente arquitetou os ataques de sexta-feira na capital francesa.
Uma mulher morreu após detonar uma bomba no local, informou o escritório da procuradoria francesa. Outra pessoa foi morta por tiros durante a ação. Segundo autoridades policiais, três pessoas no apartamento foram presas, assim como duas outras em áreas próximas. Um pouco mais tarde, mais duas pessoas foram presas.
Cinco policiais ficaram feridos na ação.
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Policiais e soldados fortemente armados tomaram as ruas de Saint Denis, escolas e lojas foram fechadas e moradores do centro do distrito foram ordenados a ficar em casa.
Fontes policiais e da Justiça disseram que o alvo da operação era o militante islâmico Abdelhamid Abaaoud, suspeito de ser o mentor dos ataques que deixaram 129 mortos na capital francesa.
Cinco horas após os primeiros tiros em Saint Denis, ainda não havia confirmação de que ele estava mesmo na área.
Moradores falaram sobre medo e pânico quando os tiros começaram pouco antes das 4h30 da manhã (horário local).
“Vimos balas voando e miras a laser pela janela. Houve explosões. Você podia sentir o prédio inteiro tremer”, disse Sabrine, moradora de um apartamento em um andar abaixo de onde pelo menos um suposto atirador estava escondido.
Ela disse à rádio Europe 1 que ouviu as pessoas no apartamento conversando, correndo e carregando armas.
A operação ocorreu próxima ao estádio Stade de France, um dos alvos dos ataques de 13 de novembro.
Os ataques coordenados a tiros e bombas mataram 129 pessoas, na pior atrocidade na França desde a Segunda Guerra Mundial. Investigadores relacionaram os ataques a uma célula militante na Bélgica, que possuía contato com o Estado Islâmico na Síria.
O grupo reivindicou responsabilidade pelas mortes, dizendo que foi uma retaliação pelas operações aéreas francesas na Síria e Iraque ao longo do último ano.
A França pediu por uma aliança global para derrotar os radicais e realizou três grandes ataques aéreos em Raqqa, capital de facto do Estado Islâmico na Síria.
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