A operadora da usina nuclear japonesa de Hamoaka, localizada numa área costeira considerada vulnerável a terremotos e tsunamis no país, se recusou a atender ao pedido do governo para que paralise suas atividades. Segundo a operadora Chubu Electric Power, é preciso mais tempo para estudar a questão.
Na sexta-feira (6), o primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, pediu a paralisação da usina de Hamoaka até que os procedimentos de segurança sejam aprimorados. No entanto, a companhia informou neste sábado (7) que sua comissão executiva se reuniu neste, mas acabou o encontro sem tomar uma decisão.
"A comissão discutiu uma série de assuntos, como a capacidade de atender à demanda de energia neste verão com métodos alternativos, o impacto nas finanças da empresa e os preparativos para um tsunami na unidade", disse a empresa em comunicado. "No entanto, por causa do amplo impacto potencial para nossos clientes e acionistas, decidimos continuar nossas discussões posteriormente", acrescentou a Chubu Electric.
A companhia prometeu analisar o problema "rapidamente", mas o porta-voz disse que não está agendada uma nova reunião a respeito. Um porta-voz do primeiro-ministro Kan, em resposta à nota da Chubu, reiterou o pedido para o fechamento da usina, destacando que a demanda vem de instâncias superiores e continua inalterada.
"Pedi a suspensão das operações em todos os reatores de Hamaoka para a segurança de todo o povo japonês", disse Kan. O primeiro-ministro citou a localização da usina perto de uma falha geológica na qual os especialistas preveem um grande terremoto em algum momento nos próximos 30 anos. Mas, como a usina respeita os padrões oficiais de segurança atuais, aparentemente Kan não tem autoridade para ordenar seu fechamento podendo apenas pedir que a companhia o faça.
Perto de ser votado no Senado, projeto para legalizar cassinos ignora crise social das bets
Presidente da Coreia do Sul anuncia fim da lei marcial após bloqueio parlamentar
Projeto de regulamentação da IA está prestes a ser votado no Senado; ouça o podcast
Justiça do Trabalho desafia STF e manda aplicativos contratarem trabalhadores