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Funcionários trabalham com as pilhas de dióxido de urânio | Tokyo Electric Power Co/Reuters
Funcionários trabalham com as pilhas de dióxido de urânio| Foto: Tokyo Electric Power Co/Reuters

Piscina

Processo envolve o descarte de água contaminada

Se essa primeira parte da operação for concluída com sucesso, será a vez de descartar a água da piscina do reator 4, que abriga resíduo radioativo suficiente para encher 160 piscinas olímpicas. Em seguida, a Tepco terá o desafio de retirar as pilhas dos reatores 1 e 3, que se fundiram e liberaram muita radiação.

A Tepco deseja começar esse processo a partir de 2015 e, só a partir de 2020, deverá realizar a tarefa mais difícil de todas: tirar o combustível fundido de dentro dos três reatores mais afetados pela tragédia de março de 2011.

A operação desperta dúvidas, em especial pelas dificuldades enfrentadas pela operadora para lidar com os vazamentos de água usada para resfriar os reatores. Trezentas toneladas de resíduo contaminado chegam a ser liberadas na natureza diariamente.

A Tokyo Electric Power (Tep­­co) começou ontem a operação de retirada do combustível radioativo usado nos reatores da usina nuclear de Fukushima, parcialmente destruída após um terremoto em 2011. A previsão da operadora é que o processo inicial dure um ano.

O primeiro passo da Tep­­co será a retirada de todo o combustível nuclear do reator 4, o menos afetado pelo vazamento de hidrogênio radioativo e que possui menor nível de radiação. As pilhas, feitas de dióxido de urânio, serão transferidas das piscinas da usina para outro recipiente, o tonel de armazenagem seco.

Todo o processo será feito por um guindaste, instalado na piscina do reator, que é operado por controle remoto e fará a transferência. A operação será realizada embaixo d’água, para evitar que o urânio aqueça e transmita radiação ao exterior.

Os 1.533 feixes de combustível serão retirados de 22 em 22 maços, a serem colocados nos contêineres. Cada vez que os tonéis ficarem cheios, eles serão removidos para uma outra piscina da usina, considerada mais segura. A expectativa é que essa primeira etapa seja concluída até o final de 2014.

Segurança

Os técnicos da operadora afirmam que a retirada é segura, embora haja preocupação com um vazamento radioativo. O prédio foi parcialmente destruído durante o vazamento de hidrogênio após o terremoto e parte do entulho caiu dentro da piscina do reator.

O temor é que alguma dessas peças possa cair dentro de um dos contêineres, o que pode gerar uma grave emissão radioativa. Grupos antinucleares afirmam que a Tepco não está preparada para a realização do procedimento e consideram a operação muito arriscada.

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