O grupo "Amigos da Síria", que reúne os países que apoiam a oposição ao regime de Bashar al Assad, confirmou para a Coalizão Nacional Síria (CNFROS) que haverá uma intervenção militar no país, disse nesta terça-feira (27) um porta-voz da aliança, Mohamed Sarmini.
O porta-voz contou que a informação foi transmitida na segunda-feira (26) para a maior coalizão opositora síria durante uma reunião em Istambul, na Turquia, e afirmou que não se sabe ainda quando a ação militar irá ocorrer.
Segundo Sarmini, os "Amigos da Síria" - grupo composto por Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Turquia, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Egito, Jordânia e Catar - explicaram que o ataque militar se deve às irregularidades cometidas pelo regime sírio e seu uso de armas químicas.
Essas informações coincidem com as declarações do ministro das Relações Exteriores sírio, Walid Muallem, hoje, com que desafiou a comunidade internacional a apresentar "qualquer prova" que demonstre o uso de armas químicas por parte do exército.
"O pretexto das armas químicas é falso e infundado. Se os que acusam nossas forças armadas de usar armas químicas têm alguma prova, os desafio a mostrar à opinião pública e à comunidade internacional", disse Moualem em entrevista coletiva.
O governo dos Estados Unidos disse que exigirá que o regime sírio preste contas pelo que considerou um "inegável" uso de armas químicas contra a população civil, mas não confirma se já optou por uma intervenção militar.
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