A oposição síria informou que 45 milicianos do grupo xiita libanês Hezbollah, que aparentemente lutavam junto com as tropas do regime de Bashar al Assad, morreram neste sábado em combates com os rebeldes na cidade síria de Al Qusair, alvo de uma forte ofensiva desde o último domingo.
Em entrevista à Agência Efe via internet, o ativista, Emar al Quseir, que está nessa região, explicou que o Exército Livre Sírio (ELS) matou "45 combatentes" do Hezbollah e repeliu sua tentativa de invadir a cidade.
A mesma informação foi confirmada pelas organizações opositoras Comitês de Coordenação Local e Comissão Geral da Revolução Síria.
Nas operações militares desta jornada faleceram, além disso, 30 pessoas, entre elas pelo menos 27 insurgentes, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos.
Tanto Emar al Quseir como o Observatório qualificaram os combates e os bombardeios de hoje como os mais violentos e intensos desde o início da ofensiva contra Al Qusair, no domingo passado.
A violência castigou também a cidade de Al Dabaa, onde há um importante aeroporto militar, e os municípios de Homs, Al Hamidiya e Aryun. Quanto ao aeroporto, ainda controlado pelos rebeldes, o Observatório disse que sofre um intenso bombardeio e que seus arredores são palco de duros combates.
Al Qusair, de 25.000 habitantes, é uma cidade estratégica para os rebeldes devido a sua localização, na rota que liga o norte do Líbano, de maioria sunita, com Homs, o que permite o fornecimento de armas. Além disso, ela é fundamental para o regime de Bashar al Assad, já que essa estrada liga Damasco com cidades do litoral mediterrâneo de maioria alauita.