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Crise na Argentina

Oposição argentina apresenta pedido de julgamento político contra Fernández

O presidente argentino, Alberto Fernández, na Casa do Governo em Buenos Aires, Argentina, em 6 de junho de 2022. (Foto: EFE/Juan Ignacio Roncoroni)

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Um grupo de deputados opositores ao governo da Argentina apresentou nesta segunda-feira (25), no contexto de alta incerteza política e econômica que assola o país, um pedido de julgamento político contra o presidente Alberto Fernández.

O deputado José Luis Espert, do partido de direita Avança Liberdade, autor da iniciativa, apresentou no Congresso o pedido contra o presidente argentino "por mal desempenho e pelo cometimento de possíveis crimes no exercício de suas funções", conforme anunciou em sua conta no Twitter. Ele ainda especificou que está acompanhado por outros quatro legisladores.

O pedido ocorre em um contexto de crise política e econômica na Argentina, onde as diferenças dentro da coalizão governista Frente de Todos, entre as fileiras do presidente e da vice-presidente, Cristina Kirchner, aceleraram a deterioração financeira do país.

Na Câmara dos Deputados, onde nenhum partido tem maioria absoluta, a coalizão governista é a primeira minoria e o Juntos pela Mudança – do ex-presidente Mauricio Macri (2015-2019) – é a segunda. Para ser aceito, o pedido de julgamento político requer dois terços dos membros presentes.

Consultada em entrevista, Patricia Bullrich, uma das principais referências do Juntos pela Mudança, disse no domingo (24) que ninguém da coalizão "cogitou um julgamento político" ou a antecipação das eleições. "Somos institucionalistas", garantiu.

Segundo destacaram os deputados opositores em seu pedido, a Constituição Nacional estabelece os recursos institucionais que “permitem encontrar soluções para a crise política gerada pela atual coalizão de governo”.

No texto, indicam ainda que Fernández já tem pedidos de julgamento político feitos por alguns líderes da principal coalizão de oposição em relação ao período da pandemia de Covid-19, de forma que, em sua opinião, "há um consenso da maioria dos blocos políticos para realizar esse processo político".

No entanto, como já antecipou Bullrich, o principal bloco de oposição Juntos pela Mudança já anunciou que não apoiará a medida.

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