![Oposição ataca casa de Gbagbo, mas é repelida Rebeldes na entrada de Duékoué, onde os confrontos com forças do governo deixaram centenas de mortos | Zoom Dosso/AFP](https://media.gazetadopovo.com.br/2011/04/07-costa_do_marfim-1.0.74445107-gpLarge.jpg)
Pressão
União Europeia impõe novas sanções ao regime
A União Europeia impôs novas sanções contra o presidente da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, proibindo a compra de títulos de seu governo. Os 27 membros da UE adotaram as medidas" em vista da gravidade da situação no país", afirmou um comunicado do bloco.
A nova regra de restrições da União Europeia, no entanto, prevê exceções, a fim de garantir que fundos necessários para ajuda humanitária estejam disponíveis.
A insegurança nas principais cidades do país aumentou ontem. Vários jornalistas estrangeiros e diplomatas de Japão, Israel e Índia pediram ajuda aos Estados Unidos para fugir de um bairro sitiado da capital.
"Nos pedem ajuda e informamos suas inquietações e suas necessidades à (força francesa) Licorne e à ONU", declarou William Fitzgerald, subsecretário de Estado adjunto para a África. O diplomata citou o embaixadores do Japão, da Índia, e de Israel.
Abidjã - Forças leais a Alassane Ouattara, presidente eleito da Costa do Marfim, atacaram ontem a residência oficial numa tentativa de depor o atual mandatário, Laurent Gbagbo, mas foram repelidos pelos aliados do líder.
Gbagbo se recusa a reconhecer a vitória do rival na eleição de novembro passado, reconhecida pela ONU, e rejeita abandonar o cargo.
Em meio a intensos combates nos arredores da residência presidencial em Abidjã, os oposicionistas venceram as forças governistas e chegaram a abrir os portões do complexo no qual Gbagbo se encontra entrincheirado.
Mas recuaram após se defrontarem com o numeroso contingente de apoiadores do atual presidente que protegem o local. Gbagbo está há dias refugiado no bunker do subsolo da residência.
"Eles abriram os portões [do complexo que abriga a residência] e perceberam que o local é protegido por armamentos pesados, disse Affoussy Bamba, residente de Abidjã. A cidade é a antiga capital da Costa do Marfim e ainda abriga prédios de governo.
Apesar do recuo, as forças de Ouattara não desistiram da investida e se reagruparam em região próxima para planejar o novo ataque. Ainda na noite de ontem, havia a expectativa de iminente ofensiva contra a residência oficial. "Nós recuamos, mas estamos preparando o segundo ataque, disse Yver Doumbia, porta-voz de Ouattara.
O palácio presidencial também foi alvo de ataques de oposicionistas. E durante o dia testemunhas relataram helicópteros sobrevoando o local, mas sem tomar parte na ofensiva pró-Ouattara.
Na última segunda, helicópteros da ONU foram utilizados para atacar quatro alvos de Gbagbo sob pretexto de proteger civis. A iniciativa atraiu crítica por uma suposta adesão a um dos lados.
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