Ativista cultiva maconha em casa, em Montevidéu| Foto: Andres Stapff/Reuters

A regulamentação tem apoio de 27% dos uruguaios, segundo pesquisa do instituto Equipos Consultores (alta de 6% em relação a junho). A oposição à liberalização continua elevada – passou de 68% para 58%.

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O projeto que prevê a legalização da produção e venda de maconha no Uruguai foi alvo de críticas da oposição durante a votação ontem do texto no Senado.

Até o fechamento desta edição, a sessão iniciada um pouco antes das 11 horas não havia terminado.

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Como a coalizão governista Frente Ampla possui 16 das 30 cadeiras da Casa, a expectativa era de que a lei fosse aprovada.

O senador opositor Jorge Larrañaga afirmou que o projeto é "inconstitucional" e que o governo abria uma porta ao abismo. Seu colega Sergio Abreu, pré-candidato à Presidência pelo Partido Nacional, disse nunca ter visto um projeto "tão burguês, tão capitalista e tão afastado da sensibilidade social".

À tarde, o presidente José Mujica disse que o Uruguai não está "totalmente preparado" para a nova lei, mas que aprenderá trabalhando.

Pela nova legislação, os uruguaios e estrangeiros que residem no país e têm mais de 18 anos poderiam comprar até 40 gramas da erva por mês em farmácias credenciadas. Para isso, o consumidor teria que se registrar -mas a identidade seria preservada.

O grama da maconha será vendido inicialmente a US$ 1 (R$ 2,30), e o fornecimento da erva ficará a cargo de empresas ou clubes registrados.

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