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Partidos de oposição na Venezuela criticaram a libertação do empresário colombiano Alex Saab, apontado como testa de ferro do ditador Nicolás Maduro e que estava preso nos Estados Unidos.
Saab chegou a Caracas e foi recebido por Maduro na quarta-feira (20), após ser libertado por meio de um acordo da ditadura chavista com os Estados Unidos que teria como contrapartida a soltura de até 36 pessoas na Venezuela, incluindo 12 americanos.
Segundo informações do site Efecto Cocuyo, o partido Primeiro Justiça criticou em comunicado o fato de que o acordo não traz qualquer garantia de eleições livres nem de libertação de todos os presos políticos na Venezuela. Além disso, a legenda afirmou que Saab “deve ser julgado por todos os crimes cometidos que afetaram milhões de vidas venezuelanas”.
Alfredo Ramos, um dos líderes do partido Causa R, fez críticas em postagem no X. “O governo Biden liberta Alex Saab, testa de ferro e lavador de dinheiro de Maduro e sua gangue. Este criminoso e Maduro são responsáveis pelo desvio [de dinheiro] mais gigantesco já realizado em qualquer país. São responsáveis pela fome e morte de milhares de venezuelanos”, escreveu Ramos.
Alex Saab foi detido em Cabo Verde em junho de 2020, quando seu avião parou para reabastecer no Aeroporto Internacional Amilcar Cabral, na Ilha do Sal. Ele foi extraditado aos Estados Unidos em outubro de 2021, por acusações de lavagem de dinheiro, e aguardava julgamento.