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Encontro de opositores venezuelanos em agosto: comissão das primárias justificou que processo já está em andamento, mas solicitou ajuda do CNE em alguns pontos
Encontro de opositores venezuelanos em agosto: comissão das primárias justificou que processo já está em andamento, mas solicitou ajuda do CNE em alguns pontos| Foto: EFE/Miguel Gutierrez

A Comissão Nacional de Primárias (CNP) da oposição da Venezuela recusou nesta segunda-feira (2) a proposta do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), dominado pelo chavismo, para adiar as primárias que realizará este mês para definir o candidato que enfrentará o ditador Nicolás Maduro na eleição presidencial de 2024.

Na semana passada, o CNE havia proposto que a votação ocorresse em 19 de novembro. Porém, em comunicado divulgado nesta segunda-feira, a CNP decidiu manter a data em 22 de outubro.

“Os consultados ligados à primárias coincidiram na preocupação com pontos como a manutenção da data devido ao seu significado e relevância para o sucesso do processo”, afirmou a CNP.

O órgão que coordena as primárias da oposição disse que várias etapas do processo já foram concluídas ou estão em andamento, como a admissão das 13 candidaturas, o cadastramento de mais de 300 mil venezuelanos no exterior para votar e o treinamento de mais de 40 mil candidatos a membros das mesas eleitorais.

No final de setembro, o CNE, órgão responsável por realizar e fiscalizar as eleições no país, ofereceu assistência técnica para as primárias da oposição.

O presidente do órgão eleitoral, Elvis Amoroso, justificou que em junho o CNE havia recebido uma solicitação de assistência técnica para o processo assinada por Jesús María Casal, presidente da CNP.

Entretanto, a CNP desistiu dessa ajuda em seguida e decidiu realizar o processo sozinha porque ainda em junho todos os então cinco membros titulares do CNE, começando pelos reitores ligados ao governo, renunciaram às suas cadeiras.

Essa debandada deu início a um processo para uma nova formação do colegiado, concluído em agosto pela Assembleia Nacional da Venezuela, controlada pela ditadura de Maduro.

O controlador-geral da Venezuela, Elvis Amoroso, responsável pela inelegibilidade de opositores a Maduro, como María Corina Machado, se tornou o novo presidente do CNE. A nova composição do órgão tem três reitores chavistas (Amoroso e mais dois) e dois da oposição.

Após reuniões nos últimos dias, inclusive com membros do CNE, a CNP decidiu que aceitará o apoio do conselho nacional “nas primárias tal como estão configuradas, porque já estão na fase final”, apontou o comunicado divulgado nesta segunda-feira.

Nesse sentido, pediu que o CNE ajude em pontos como disponibilizar centros de votação oficiais como complemento ou substituição de alguns já acertados pela CNP; informar os setores de segurança da ditadura venezuelana sobre a votação de 22 de outubro, para “estabelecer os trâmites necessários para promover o desenrolar pacífico do dia das eleições”; ajudar para que não haja “obstáculos na transferência de material eleitoral, mediante salvo-condutos ou outros protocolos semelhantes”; entre outros pontos.

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