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Oposição de centro-esquerda romena canta vitória nas municipais

A coalizão de centro-esquerda no poder na Romênia, a União Social Liberal (USL), cantou vitória este domingo (10) nas eleições municipais e regionais após a publicação das primeiras pesquisas de boca de urna.

Os primeiros resultados oficiais serão publicados na manhã de segunda-feira (11).

Segundo três pesquisas de boca de urna, o candidato apoiado pelo USL em Bucareste, Sorin Oprescu, mantém confortavelmente o cargo de prefeito, com mais de 60% dos votos.

O USL também vence em duas circunscrições na capital que até agora eram do seu maior adversário, o Partido Democrático Liberal (PDL, centro-direita).

"Tiramos o PDL de Bucareste... É histórico! Vencemos, está muito claro. Agora nos resta vencer as eleições legislativas" previstas para o outono, declarou o premier social-democrata Victor Ponta, após o fechamento das seções eleitorais.

Estas eleições municipais e regionais foram celebradas a pouco mais de um mês da chegada ao poder do USL, que fez cair com uma moção de censura o anterior governo de centro-direita, muito impopular devido às medidas de austeridades que impôs ao país desde 2009.

Confrontada a uma severa recessão em 2009, a Romênia recebeu um pacote de ajuda de emergência de 20 bilhões de euros do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da União Europeia (UE) entre 2009 e 2011.

Em troca desta ajuda, este que é um dos países mais pobres da União Europeia, impôs medidas de rigor draconianas, entre elas a redução de 25% dos salários dos funcionários públicos.

O ex-premier de centro-direita, Emil Boc, principal promotor das medidas de austeridade destinadas a sanear as finanças do país e tirá-lo da severa recessão, continua na corrida em uma luta equilibrada com seu adversário do USL em Cluj, grande cidade da Transilvânia.

Mais de 18 milhões de romenos foram convocados às urnas para eleger 3.187 prefeitos e dezenas de milhares de conselheiros municipais e regionais.

A participação foi maior do que o previsto, com 39,01% às 14H00 GMT (11h00 de Brasília) contra 34,20% na mesma hora, em 2008.

"É uma forma de protesto, uma consequência da crise econômica", avaliou o analista políico Cristian Parvulescu.

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