Principal coalizão opositora da Venezuela, a Mesa da Unidade Democrática (MUD) denunciou a realocação de 1.232.152 eleitores nos registros eleitorais em seis estados. A aliança questiona os critérios usados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE). De acordo com a MUD, há 200 novos centros de votação em “ambientes hostis”, isto é, em áreas controladas pelo partido governista PSUV. “Não há garantia de liberdade de voto”, alerta a coalizão.
A MUD chamou a atenção para as mudanças ocorridas nos estados de Barinas e Amazônia, onde serão candidatos, respectivamente, Asdrubal Chavez, ministro de Energia e Petróleo, e Miguel Rodriguez, vice-ministro de Meio Ambiente, ambos apoiados pelo presidente Nicolás Maduro.
Segundo Vicente Bello, do CNE, o impacto eleitoral da realocação é de 6% em todo o país, mas na Amazônia atinge 16%. No caso de Barinas, 10% dos 553 mil eleitores foram transferidos de centro.
”Se é verdade que algumas pessoas estão sendo transferidas para centros de votação distantes de seus domicílios, estamos diante de uma situação irregular e grave”, avaliou Luis Lander, diretor do Observatório Eleitoral Venezuelano, em Buenos Aires. “É legítimo o Estado ter mecanismos para controlar e combater a corrupção no setor público. Mas usar arbitrariamente esses recursos com fins políticos é inadmissível. Não há candidatos do PSUV inabilitados, e os prejudicados na oposição tiveram os direitos limitados irregularmente.”
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