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Oficiais militares leais a Alassane Ouattara, internacionalmente reconhecido como o presidente da Costa do Marfim, afirmaram hoje terem tomado mais uma cidade, no extremo oeste do país, em meio ao aprofundamento da crise política. Com isso, sobe para cinco o número de cidades controladas pela oposição. Após perder as eleições em novembro do ano passado, Laurent Gbagbo se recusa a deixar o poder.

Lacine Mara, porta-voz das forças ligadas a Ouattara, disse que combatentes das Forças Republicanas capturaram hoje a cidade de Blolekin, perto da fronteira com a Libéria, após uma batalha que durou a noite inteira. O coronel Hilaire Gohourou, porta-voz do exército nacional, ainda leal a Gbagbo, negou-se a comentar a informação. Durante o final de semana, ele havia relatado que suas forças expulsaram homens ligados a Ouattara.

Em Abidjã, segundo contagem de um cameraman da Associated Press, milhares de jovens se reuniram em frente ao Ministério da Defesa na manhã de hoje em resposta a um chamado de alistamento de Charles Ble Goude, o líder da organização Jovens Patriotas, que defende Gbagbo.

Mortes

Forças de segurança leais a Gbagbo dispararam morteiros contra um mercado lotado na semana passada, matando pelo menos 25 pessoas, ato amplamente denunciado por governos ocidentais. A Organização das Nações Unidas (ONU) também condenou o ataque e disse que crimes contra a humanidade têm sido cometidos no país. Um painel de mediação da União Africana deu a Gbagbo até quinta-feira para se reunir com Ouattara e negociar a transferência de poder.

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