A oposição do Iêmen assinou neste sábado (21) um acordo de transição, negociado por países do Golfo, que prevê a saída do presidente Ali Abdullah Saleh dentro de um mês, desde que ele ratifique o acordo neste domingo (22).
Saleh, há cerca de 30 anos no poder, enfrenta pressões diplomáticas para aceitar o acordo, depois de já ter recuado na última hora duas vezes por conta de detalhes técnicos.
"Assinamos o acordo na presença de representantes dos Estados Unidos, do Reino Unido, da União Europeia e do secretário-geral do Conselho de Cooperação do Golfo, Abdullatif al-Zayani", afirmou um líder da oposição, que não quis ser identificado, à Reuters.
Uma autoridade do Iêmen tinha afirmado mais cedo que Zayani, líder do bloco regional do Golfo, estava no país para presenciar a assinatura da oposição e que o partido do governo assinará o texto no domingo.
Os Estados Unidos e a Arábia Saudita, ambos alvos de ataques da seção da al Qaeda no Iêmen, desejam o fim do impasse no país para evitar um caos maior, uma situação que venha a favorecer a ação dos extremistas.
Na quinta-feira, em discurso sobre o mundo árabe, o presidente dos EUA, Barack Obama, afirmara que Saleh precisava "seguir no seu compromisso de transferir o poder".
Manifestantes, frustrados por não terem derrubado Saleh depois de três meses de protestos, querem que o presidente deixe o cargo imediatamente.
No sábado, 35 manifestantes ficaram feridos num confronto com a polícia em Hudaida, segundo testemunhas.
Saleh, que parece que finalmente vai aceitar a transferência de poder, tem alertado os Estados Unidos e a União Europeia que a al Qaeda pode se fortalecer no Iêmen se ele deixar o governo.
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