A oposição iemenita culpou hoje o presidente Ali Abdullah Saleh pelo fracasso de um plano de países do Golfo para encerrar a disputa política no país, afirmando que o líder fará "tudo" para permanecer no poder. Saleh "frustrou a iniciativa ao recusar-se a assiná-la", disse Yassin Saeed Noman, presidente da coalizão opositora Fórum Comum à agência France Presse.
O secretário-geral do Conselho de Cooperação do Golfo, Abdullatif al-Zayani, foi ontem a Sanaa depois que fontes próximas às negociações entre o regime e a oposição dizerem que os dois lados não conseguiram assinar o acordo de transferência de poder.
Saleh, que está no cargo desde 1978, "recusou a escolha pacífica e está pronto para fazer tudo para permanecer no poder", disse Noman. "Com isto, o regime terá de enfrentar o povo, que vai continuar com sua revolta pacífica e vai continuar a intensificá-la, mesmo se o regime usar violência contra ele."
Segundo a proposta intermediada pelo grupo do Golfo, Saleh deixaria o cargo em 30 dias em troca de imunidade contra processos judiciais, antes que um governo de unidade nacional seja formado e eleições presidenciais sejam realizadas no prazo de dois meses.
Washington fez um novo pedido ontem para que o acordo fosse assinado. O auxiliar do presidente Barack Obama, John Brennan, telefonou para Saleh para pedir a ele que assine e implemente o acordo "de forma que o Iêmen seja capaz de seguir imediatamente com sua transição política".
O empobrecido, porém estratégico, país da península árabe tem registrado protestos pedindo a saída de Saleh desde o final de janeiro. A repressão dos protestos pelas forças de segurança já deixaram pelo menos 180 mortos segundo uma contagem feita a partir de informações divulgadas por médicos e meios de comunicação.
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