Um site reformista disse que a polícia de choque iraniana, armada com cassetetes e gás lacrimogêneo, enfrentou oposicionistas em Teerã que aproveitavam uma comemoração religiosa neste sábado (26) para tentar reacender os protestos antigoverno.

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O site oposicionista Jaras disse que forças de segurança dispararam tiros de alerta para o alto e gás lacrimogêneo para dispersar os ativistas, e também atacaram um edifício que sedia uma agência de notícias, a Isna, onde alguns oposicionistas teriam procurado proteção.

Se confirmado, o confronto durante um importante ritual xiita de dois dias pode destacar a escalada da tensão na república islâmica, seis meses após uma disputada eleição mergulhar o grande produtor de petróleo no caos.

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Apesar das dezenas de prisões e batidas policiais, as manifestações oposicionistas se repetiram desde o pleito presidencial de junho, que a oposição afirma ter sido fraudado para garantir a reeleição do presidente linha-dura Mahmoud Ahmadinejad.

"Forças de segurança bem equipadas estão se chocando violentamente com apoiadores da oposição em várias partes do centro de Teerã", disse o Jaras. "Opositores buscaram refúgio dentro do prédio da agência de notícias Isna para se proteger... a polícia atacou o prédio."

Os relatos da Jaras não puderam ser confirmados por fontes independentes, já que a mídia estrangeira foi proibida de cobrir passeatas. A Isna parecia trabalhar normalmente.

Uma testemunha disse que os opositores se juntaram em grupos ao longo de vários quilômetros de uma das principais ruas do centro. "A polícia não os deixa se juntarem uns aos outros", disse ela.

A polícia havia alertado a oposição pró-reforma a não realizar novos protestos durante o Tasoua e o Ashura entre 26 e 27 de dezembro, quando muçulmanos xiitas marcam o sétimo século do martírio de um neto do profeta Maomé.

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Como indício de possíveis novos embates, o Movimento Verde oposicionista instou as pessoas a se reunirem no mesmo local de Teerã na manhã de domingo, de acordo com mensagens de texto de celulares.

Os confrontos relatados neste sábado acontecem poucos dias antes do final do prazo dado pelas potências estrangeiras ao Irã para concordarem com um acordo proposto pela ONU para enviar a maior parte de seu urânio para o exterior em troca de combustível para um reator de pesquisa em Teerã.