Rebeldes dançam durante protesto que marcou os dois anos da revolta, em Aleppo| Foto: Giath Taha/Reuters

Os cerca de 70 membros do Conselho Nacional Sírio (CNS), principal força opositora ao regime de Bashar Assad, elegerão em uma reunião prevista para hoje e amanhã, em Istambul, na Turquia, o primeiro-ministro da rebelião, encarregado de administrar os territórios do norte e do leste da Síria conquistados pelos insurgentes.

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Os membros do CNS se reunirão em um hotel de Istambul para escolher seu primeiro-ministro.

Um porta-voz dos opositores, Khalid Saleh, disse que 12 candidatos foram nomeados, a maioria tecnocratas e especialistas em áreas como economia e negócios.

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Entre os candidatos, a maioria deles pouco conhecidos, destacam-se o ex-ministro da Agricultura Asaad Mustapha, o economista Osama Kadi e um líder de uma empresa americana, Ghassan Hitto.

Alguns dos candidatos estariam vivendo no exílio, enquanto pelo menos dois viveriam em áreas dominadas pelas forças de Bashar Assad.

Uma vez eleito, por meio de votação secreta, o primeiro-ministro formará seu governo, cuja composição precisará ser aprovada pelo CNS.

A oposição pretende demonstrar sua capacidade para administrar os territórios conquistados com as armas, mas onde atualmente reina o caos devido à falta de uma administração.

Duas tentativas de eleição foram adiadas por divisões dentro do grupo.

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Bombardeio

Pelo menos 16 pessoas morreram ontem e dezenas ficaram feridas em um bombardeio do Exército sírio em um campo de refugiados palestinos situado na periferia de Damasco.

Iman al Huda, da opositora rede Sham nos arredores de Damasco, disse que as tropas governamentais dispararam mísseis contra o acampamento de Al Sabina, situado ao sul da capital.

A ativista não detalhou a nacionalidade dos falecidos, enquanto os Comitês de Coordenação Local elevaram para 26 o número total de mortos.

Iman denunciou que a situação humanitária é muito precária na região e que é preciso equipamento médico para atender os feridos, muitos deles em estado grave.

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A onda de protestos nascida há dois anos na Síria abriu passagem a uma cruenta guerra civil, com mais de 70 mil mortos, um milhão de refugiados e um final difícil de vislumbrar perante as fracassadas tentativas de mediação internacional.

O conflito entre os rebeldes e as forças leais ao regime de Bashar Assad já dura dois anos e matou mais de 70 mil pessoas, segundo estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU). Mais de um milhão de refugiados encontra-se em campos nos países vizinhos.