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Moyo aparece sentado na cadeira do Parlamento do Zimbábue: oposição tem 100 das 210 cadeiras, uma a mais que a situação | Philimon Bulawayo / Reuters
Moyo aparece sentado na cadeira do Parlamento do Zimbábue: oposição tem 100 das 210 cadeiras, uma a mais que a situação| Foto: Philimon Bulawayo / Reuters

O principal partido da oposição zimbabuana venceu nesta segunda-feira (25) a disputa para ocupar a presidência do Parlamento. Após disputadas eleições em março, o governo do presidente Robert Mugabe e a oposição mantiveram conversas, no momento paralisadas, para chegar a um acordo de divisão de poder. Lovemore Moyo, do Movimento pela Mudança Democrática (MMD), venceu a disputa por 110 votos a 98. O partido de Mugabe, o ZANU-PF, era o favorito para ocupar a presidência do Parlamento, porém não apresentou candidato. Moyo concorreu com o líder da oposição, Themba Nyathi. "O ZANU-PF está acabado", gritaram alguns parlamentares, entoando uma canção eleitoral.

O parlamentar do ZANU-PF, Walter Mzemdi, disse que seu partido não nomeou um concorrente, pois "os números estavam contra nós". Segundo ele, os membros do partido governista foram orientados a votar em Nyathi. Porém, a distribuição dos votos na eleição secreta mostrou que o parlamentar do MMD aparentemente conseguiu apoio tanto da situação quanto da oposição.

Na eleição legislativa de 29 de março, a oposição ganhou do partido de Mugabe. Foi a primeira vez que isso ocorreu desde a independência do país da Grã-Bretanha, em 1980. O MMD, liderado por Morgan Tsvangirai, tem 100 das 210 cadeiras da Casa, e o partido de Mugabe tem 99 postos. Mugabe deve abrir o Parlamento nesta terça-feira (26), em meio a um impasse com Tsvangirai pela divisão do poder no país.

Observadores independentes afirmam que as forças de Mugabe são responsáveis pela maior parte da violência desde a vitória eleitoral da oposição nas eleições legislativas, em 29 de março. Tsvangirai venceu o primeiro turno das eleições presidenciais, mas não conseguiu evitar um segundo turno. Na disputa final com Mugabe, o oposicionista retirou sua candidatura, argumentando que em meio à violência era impossível ocorrer uma eleição justa.

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