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O diplomata venezuelano Edmundo González foi confirmado como opção da PUD para concorrer às eleições de julho
O diplomata venezuelano Edmundo González foi confirmado como opção da PUD para concorrer às eleições de julho| Foto: EFE/ Jeffrey Arguedas/Arquivo

A campanha do candidato à presidência da Venezuela Edmundo González Urrutia, apoiada pela maior coalizão de oposição do país, a Plataforma Democrática Unida (PUD), exigiu nesta quarta-feira (29) que seja revertida a decisão de cancelar o convite à União Europeia (UE) para enviar uma missão de observação nas eleições de 28 de julho.

“Exigimos que Nicolás Maduro reverta essa decisão arbitrária, que só ratifica seu status minoritário e constitui uma evidência adicional de seu medo da observação eleitoral qualificada e crível”, afirma um comunicado da PUD.

A plataforma ressalta que a decisão se soma ao “histórico de descumprimento do Acordo de Barbados por Nicolás Maduro”, assinado entre o governo e a oposição.

A PUD pediu à comunidade internacional que permaneça firme em acompanhar os venezuelanos em seu “direito legítimo de conseguir uma mudança política por meio de eleições”.

“Ao povo da Venezuela, como já demonstramos no passado, dizemos que este é um novo obstáculo que superaremos com a força da unidade de milhões de venezuelanos determinados, de forma organizada, a triunfar em 28 de julho”, disse o documento.

Nesta terça-feira (28), o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) cancelou o convite à UE para enviar uma missão de observação para as eleições presidenciais, devido à ratificação de sanções pelo bloco europeu contra membros do governo e do partido governista, segundo afirmou o presidente do órgão eleitoral, Elvis Amoroso.

O CNE tomou essa decisão no exercício de sua “soberania” e em resposta ao “incalculável dano financeiro causado ao povo (pelas sanções), afetando a saúde de crianças e idosos”, disse o presidente do órgão, apesar do fato de que as medidas aplicadas pela UE são estritamente pessoais e, portanto, não afetam empresas estatais ou bens públicos venezuelanos que prejudicam a população.

Por sua parte, a UE lamentou essa decisão e pediu ao CNE que reconsiderasse, “segundo o Acordo de Barbados, assinado pelas autoridades venezuelanas e pelos partidos de oposição, que estabeleceu especificamente” que uma missão de observação do bloco da UE seria convidada para o país.

“O povo venezuelano deve ser capaz de eleger seu presidente em eleições confiáveis, transparentes e competitivas, apoiadas pela observação internacional, incluindo a da UE, que tem um longo e distinto histórico de observação independente e imparcial”, afirmou o bloco em comunicado publicado na rede social X (ex-Twitter), compartilhado pela delegação da UE na Venezuela.

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