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Macri aplicou um duro golpe ao kirchnerismo ao levar as eleições argentinas para o segundo turno | HANDOUT/REUTERS
Macri aplicou um duro golpe ao kirchnerismo ao levar as eleições argentinas para o segundo turno| Foto: HANDOUT/REUTERS

A acirrada campanha para o segundo turno da eleição presidencial da Argentina começou nesta segunda-feira (26) com o candidato da oposição, Mauricio Macri, prometendo mudanças e conclamando os apoiadores dos concorrentes derrotados a apoiá-lo contra o candidato governista, Daniel Scioli.

Macri aplicou um duro golpe à governista Frente para a Vitória no primeiro turno de domingo ao conquistar 34,3% dos votos, bem mais do que os institutos de pesquisa tinham previsto e pouco atrás dos 36,9% de Scioli.

Governista Scioli vence conservador Macri, mas haverá segundo turno na Argentina

A continuidade no poder do partido da presidente Cristina Kirchner, após 12 anos no poder, ficou seriamente ameaçada após o candidato Daniel Scioli conseguir uma vitória por pequena margem no domingo (25) frente ao conservador Mauricio Macri.

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O desempenho surpreendentemente robusto do prefeito pró-mercados de Buenos Aires turbinou os mercados de capitais do país nesta segunda-feira. Os títulos argentinos alcançaram valor recorde e as ações chegaram a subir mais de 20%.

“A Argentina precisa de uma mudança, e estamos prontos para fazer isso acontecer”, disse Macri em uma coletiva de imprensa, pedindo que todos os argentinos que votaram em outros candidatos no domingo o apoiem na rodada decisiva.

“Estamos aqui para representar vocês, estamos aqui com humildade, com responsabilidade... e pedimos a vocês que nos acompanhem”, acrescentou.

A eleição irá definir como a Argentina, terceira maior economia da América Latina, irá lidar com problemas econômicos como a inflação de dois dígitos, as reservas de moeda estrangeira perigosamente baixas e o calote da dívida soberana.

Sergio Massa, que ficou em terceiro lugar na eleição, com 21,3% dos votos, disse que sua aliança irá decidir nesta semana quem irá apoiar no segundo turno de 22 de novembro, o primeiro da história argentina.

Kirchnerismo perde controle da Câmara dos Deputados

Conforme apontavam pesquisas de intenção de voto para as eleições de domingo (26) na Argentina, a coalizão Frente Para a Vitória, do presidenciável kirchnerista Daniel Scioli, deve perder a maioria das cadeiras na Câmara dos Deputados, onde deve se manter como principal minoria.

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Scioli, apoiado pela presidente Cristina Kirchner, está concorrendo com uma plataforma de “mudança gradual” e prometeu manter os populares programas sociais da atual mandatária.

Macri, por outro lado, postula uma mudança rápida para abrir a economia, comprometendo-se a começar a desmanchar o câmbio protecionista e os controles comerciais em seu primeiro dia no cargo se vencer.

Cristina irá entregar a Presidência a seu sucessor no dia 10 de dezembro.

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