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Partidos afirmam que deve ser declarada a "permanente incapacidade moral" de Kuczynski pelo fato de ele ter "faltado com a verdade" em suas declarações | HO/AFP
Partidos afirmam que deve ser declarada a "permanente incapacidade moral" de Kuczynski pelo fato de ele ter "faltado com a verdade" em suas declarações| Foto: HO/AFP

A oposição ao presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, apresentou nesta sexta-feira (15) uma moção de vacância do cargo horas após mandatário se negar a renunciar devido às acusações de envolvimento no caso Odebrecht.  

Kuczynski é acusado de receber cerca de US$ 5 milhões em serviços de consultoria à empreiteira entre 2004 e 2013. Nos três primeiros anos dos pagamentos, ele era ministro de Alejandro Toledo, acusado de receber propina.  

A declaração, que abre o processo de deposição do presidente, foi apresentado pelo Força Popular (direita), vinculado à filha do ex-mandatário Alberto Fujimori, Keiko Fujimori, a Frente Ampla (esquerda) e a Aliança Popular Revolucionária Americana (centro-esquerda). 

Os três partidos argumentam que deve ser declarada a "permanente incapacidade moral" de Kuczynski pelo fato de ele ter "faltado com a verdade" em suas declarações sobre seus serviços de consultoria à construtora brasileira.  

O presidente havia negado duas vezes ter recebido dinheiro da empreiteira: em carta à comissão que investiga o caso Odebrecht em 23 de outubro e em pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV em 15 de novembro.  

Segundo a Constituição peruana, a vacância do presidente pode ser declarada em três casos: traição à pátria, impedir a realização de eleições, dissolver ou impedir o funcionamento do Congresso e por incapacidade moral.

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