Os protestos na Venezuela intensificaram-se, nas últimas horas, em várias localidades, dois dias depois de o governo e a coligação opositora Mesa de Unidade Democrática (MUD) anunciarem que vão avançar com um diálogo de paz.

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Em Caracas, as ruas de vários bairros do leste e sul registraram vários congestionamentos provocados por barricadas feitas por manifestantes em áreas como El Hatillo, La Tahona, El Trigal, Los Naranjos e El Cafetal.

No município de Chacao, apesar da presença de elementos da Guarda Nacional (Polícia Militar), os manifestantes fizeram várias fogueiras e barricadas, o que levou a polícia a usar gás lacrimogêneo. Ainda na capital, no populoso bairro de Petare, um grupo de 20 motociclistas armados atacou manifestantes, deixando vários feridos.

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Em San Cristóbal, 810 quilômetros a sudoeste de Caracas, milhares de manifestantes encerraram uma marcha de 130 quilômetros, que começou na última segunda-feira (7) e percorreu 16 municípios da zona norte do estado de Táchira, para exigir a libertação de presos políticos e a volta de exilados.

Entre as reivindicações está também a volta do mandato de Maria Corina Machado, deputada afastada do cargo por levar à Organização dos Estados Americanos suas queixas sobre o governo venezuelano.

Outros protestos e confrontos foram registrados ainda em cidades como Valência, Maracaibo ou Barquisimeto.

Há quase dois meses são registrados diariamente protestos em várias regiões da Venezuela que resultaram, de acordo com dados oficiais, em 39 mortos, mais de 600 feridos, 81 denúncias de violações de direitos humanos e danos materiais.

Na última terça-feira (8), o governo do presidente Nicolás Maduro e a coligação opositora MUD chegaram a acordo para iniciar um diálogo formal que terá como "facilitadores" o Vaticano, o Brasil, o Equador e a Colômbia.

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