Milhares de russos atordoados depositaram flores e velas acesas neste sábado (28) na ponte onde o político da oposição Boris Nemtsov foi morto a tiros perto do Kremlin, um assassinato que mostrou os riscos de manifestações contrárias ao presidente Vladimir Putin.
Nemtsov, 55 anos, foi baleado quatro vezes nas costas por assaltantes em um carro branco, enquanto atravessa uma ponte sobre o rio Moskva, no centro de Moscou na companhia de uma mulher ucraniana, que saiu ilesa, pouco antes de meia-noite de sexta-feira (27).
A polícia isolou a ponte manchada de sangue que fica perto das muralhas vermelhas do Kremlin e da Praça Vermelha por duas horas durante a noite, em seguida, liberou o acesso conforme as pessoas vieram prestar homenagem a um dos maiores opositores de Putin sobre o papel da Rússia na Ucrânia. Entre muitas flores, via-se um pedaço de papel branco dizendo “Somos todos Nemtsov”.
“As pessoas têm medo de apoiar o nosso movimento. Ativistas da oposição recebem ameaças todos os dias e Boris não foi exceção. Mas eles não vão nos parar”, disse o ativista da oposição Mark Galperin.
Um antigo vice-primeiro-ministro que temia ser morto, Nemtsov foi a figura da oposição mais proeminente a ser assassinada durante os 15 anos de governo de Putin.
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