Os grandes protestos contra o governo do premiê libanês, Fouad Siniora, continuaram ontem, com os manifestantes acampados no centro da capital do país, Beirute.
Centenas de simpatizantes da organização xiita Hezbollah e de seus aliados pró-Síria exigem a renúncia do gabinete comandado por Siniora, argumentando que depois da renúncia de seis ministros oposicionistas, o governo passou a ser inconstitucional.
Os manifestantes prometem ficar acampados até que o governo renuncie. Siniora diz que não aceitará as pressões e que não renunciará. Alguns de seus ministros foram se juntar a ele na sede do governo, protegidos pelo Exército.
O governo libanês está fragilizado depois que vários ministros deixaram os seus cargos e depois do assassinato do ministro Pierre Gemayel, um eminente político anti-Síria.
Os atuais protestos são bastante similares aos que levaram o próprio Siniora ao poder, cerca de 18 meses atrás, quando diminuiu a influência síria no país.
O premiê libanês disse que nenhuma tentativa de tirá-lo do poder à força terá sucesso, adicionando que se trata de uma "tentativa de golpe".
Os Estados Unidos descreveram as pressões de do Hezbollah como "intimidação". Segundo o embaixador americano das Nações Unidas, John Bolton, se trata de uma "tentativa de golpe inspirada pela Síria e pelo Irã".