O principal grupo pró-democracia da Síria, a Declaração de Damasco, fez um apelo à Liga Árabe para que a organização realize um encontro de emergência e discuta a situação política no país, além de colocar "pressão política e diplomática" sobre o regime de Bashar al-Assad, para que os civis sejam protegidos.
O grupo sírio afirma que mais de 200 pessoas foram mortas pelo governo desde que começaram os protestos contra o regime de Assad, em 18 de março. O grupo pede à Liga Árabe que adote sanções políticas, econômicas e diplomáticas contra a Síria.
Os protestos têm crescido na Síria, com dezenas de milhares de pessoas pedindo reformas em um dos regimes mais autoritários do Oriente Médio. Segundo grupos internacionais de defesa dos direitos humanos e ativistas, mais de 170 pessoas foram mortas. Hoje, a Human Rights Watch denunciou que forças sírias de segurança não estão permitindo que ambulâncias entrem nas cidades de Deraa e Harasta, para socorrer pessoas que foram feridas nos confrontos com policiais na sexta-feira passada.
A organização pediu ao governo sírio que permita aos feridos "acesso ilimitado" ao tratamento médico. "Privar pessoas feridas de tratamento médico que pode salvar suas vidas é desumano e ilegal", disse Sarah Leah Whitson, diretora para o Oriente Médio na Human Rights Watch.
Já um comunicado da Declaração de Damasco, emitido na noite de ontem, afirmou que as pessoas protestavam pacificamente, "mas os tiros foram a resposta das forças de segurança". O grupo sírio afirma que o governo expulsou os jornalistas estrangeiros para evitar que "fossem reveladas as atrocidades do regime contra o povo". Formada em 2005, a Declaração de Damasco reúne cinco grupos árabes e curdos que defendem mudanças democráticas na Síria.
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