Deputados peruanos da oposição apresentaram nesta quinta-feira (8) uma nova moção de vacância pela destituição do presidente Pedro Pablo Kuczynski, acusando-o de ter mentido sobre suas ligações com a construtora brasileira Odebrecht.
A moção foi assinada por 30 deputados. Pelo menos 87 votos são necessários para realizar o impeachment de Kuczynski, conhecido pela sigla PPK.
Na semana passada, o ex-dirigente da Odebrecht no Peru Jorge Barata afirmou ao Ministério Público que a construtora fez repasses em caixa dois para campanhas eleitorais de PPK, de outros três ex-chefes do Executivo do país e da líder opositora Keiko Fujimori.
De acordo com Barata, que ocupou o cargo de diretor-superintendente da Odebrecht no Peru, a campanha de Kuczynski recebeu US$ 300 mil da empresa no ano de 2011, quando ele ficou em terceiro lugar no pleito presidencial.
Uma tentativa anterior de remover PPK do cargo em dezembro fracassou, após o presidente ter negociado apoio em troca de. indulto ao ex-presidente Alberto Fujimori
Ainda não há previsão de votação da nova moção.
A primeira-ministra peruana, Mercedes Aráoz, questionou a nova moção, afirmando que a oposição está agindo por "vingança e revanche", segundo o jornal El Comercio.
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