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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, durante reunião ministerial em 9 de julho de 2023.
A oposição parlamentar em Israel acionou a Suprema Corte, que vai ouvir as petições contra a reforma judicial do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu em setembro| Foto: Gil Cohen-Magen/EFE/EPA

O líder da oposição no parlamento israelense, Yair Lapid, defendeu nesse domingo (30) que a reforma judicial de Netanyahu seja "congelada" por 18 meses, até que haja um consenso político sobre a nova legislação e as negociações possam ter continuidade.

Lapid sugeriu que o atual governo se reúna com a oposição para criar uma moratória de um ano e meio, tempo considerado suficiente para chegar-se a um acordo entre as partes.

Contudo, a sugestão foi contrariada pelo partido de Netanyahu, o Likud, que solicitou o retorno imediato do "diálogo".

Na última semana, o Parlamento aprovou uma das principais leis do projeto do primeiro-ministro israelense, que impõe limites à atuação do Judiciário e retira o "princípio da razoabilidade" em decisões do governo, dando mais liberdade ao Executivo.

A aprovação, da qual a oposição parlamentar deixou de participar, foi recebida com protestos da população na cidade de Tel Aviv.

Para Lapid, "enquanto a decisão não for interrompida, novas leis da reforma não devem ser discutidas".

No último sábado (29), mais de 200 mil pessoas manifestaram discordância com a aprovação de parte da reforma judicial de Israel. Os protestos já acontecem há sete meses, desde o primeiro anúncio de que haveria uma revisão legislativa no país.

Recurso na Suprema Corte

Ainda na semana passada, a Suprema Corte israelense comunicou que vai ouvir as petições dos grupos de oposição ao governo, que pedem a rejeição da nova lei. A medida deve acontecer em setembro.

O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, se pronunciou sobre a decisão, alertando que Israel irá entrar em um "território desconhecido" caso ocorra a derrubada da reforma judicial.

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