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Washington - O líder da bancada dos republicanos na Câmara dos Representantes dos EUA e seu provável futuro presidente da Casa, John Boehner, destacou ontem a redução dos gastos do governo federal como o principal assunto na pauta do Congresso no ano que vem, um dia depois de seu partido ter ganhado controle da Casa.
Boehner prometeu ainda lutar para rever a reforma da saúde, uma das principais vitórias do governo do presidente Barack Obama, qualificando-a de "monstruosidade".
"Está muito claro que o povo americano quer que façamos alguma coisa sobre o corte de gastos aqui em Washington e ajudemos a criar um ambiente em que consigamos os empregos de volta", disse Boehner.
Para o líder republicano, o resultado do pleito é uma prova de que "a agenda Obama foi rejeitada". "É um mandato para que Washington reduza o tamanho do governo."
Os republicanos conquistaram pelo menos 60 cadeiras a mais nas eleições de ontem e terão uma maioria sólida na Casa no ano que vem, na qual se prevê que Boehner assumirá a Presidência.
Num momento em que o déficit orçamentário do último ano alcança US$ 1,29 trilhão, o equivalente a 8,9% do PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA, os eleitores clamaram por um governo menor e menos custoso.
Os republicanos prometeram controlar os gastos do governo. Em setembro, a oposição havia dito que sua primeira medida seria fazer com que os gastos do governo federal voltassem aos níveis de 2008.
Ao mesmo tempo, os republicanos vêm pressionando por maiores reduções de impostos do que o presidente Barack Obama deseja. Isso poderia aumentar ainda mais a dívida do governo federal do que as propostas dos democratas relativas a cortes nos tributos.
Durante seus comentários aos repórteres ontem, Boehner se recusou a detalhar quais os cortes nos gastos que buscará. Quando lhe perguntaram qual a principal despesa que cortaria, Boehner apenas respondeu: "Tomaremos muitas decisões nos próximos meses".
A oposição conta ainda com o apoio dos novo governadores, que em sua maioria serão republicanos.