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Nicolás Maduro insinuou que o líder da oposição é gay; Capriles acusou o herdeiro de Chávez de homofobia | Tomas Bravo/Reuters e hayuncamino.com
Nicolás Maduro insinuou que o líder da oposição é gay; Capriles acusou o herdeiro de Chávez de homofobia| Foto: Tomas Bravo/Reuters e hayuncamino.com

Inquérito

Governo investigará a morte de Chávez

O presidente interino da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou na segunda-feira à noite que o governo vai abrir um inquérito para investigar suspeitas sobre a morte do presidente Hugo Chávez, morto na terça-feira passada após complicações causadas por um câncer na região pélvica.

O governo suspeita de que o câncer do mandatário tenha sido acelerado por envenenamento feito pelo que chamou de inimigos estrangeiros. A denúncia foi feita horas antes da morte de Chávez pelo próprio Maduro. Em entrevista à rede sul-americana Telesur, ele prometeu pressionar por uma investigação séria. "Vamos buscar a verdade. Temos a intuição de que o nosso comandante foi envenenado por forças obscuras que o queriam fora do caminho".

O presidente em exercício da Venezuela, Nicolás Maduro, deixa muito claro, a cada declaração, o quanto sua campanha à Presidência depende de Hugo Chávez. Como era de se esperar, há uma exaltação à figura do líder, cuja morte completou uma semana ontem. Isso, aliado à máquina eleitoral do PSUV (o partido governista), aos recursos petrolíferos destinados à população e à predominância estatal sobre os meios de comunicação, tornaria o herdeiro de Chávez quase imbatível nas urnas no dia 14 de abril.

Quase. Analistas e opositores já começaram a considerar que a oposição representada por Henrique Capriles — apesar de competir em circunstâncias muito adversas — pode ter uma chance, ou ao menos sair mais fortalecida das urnas, caso a exploração da figura de Chávez comece a passar do tom.

"Capriles tem o desafio de mostrar que a situação hoje é pior do que em 2007. E mais: que Chávez já não está presente, que o governo está se radicalizando. O país está se afastando da via democrática sob o comando de Maduro", diz o cientista político Carlos Romero.

A intenção da oposição é fazer uma mobilização semelhante à que representou a única derrota eleitoral de Chávez: o referendo de 2007, quando os venezuelanos acharam demais dar plenos poderes ao presidente ou transformar o país num Estado socialista.

Gay

Declarações de chavistas, como a de que Capriles é "fascista, de ultradireita", ou as dadas pelo próprio Maduro, de que o candidato da oposição é gay, segundo analistas e opositores, pode cansar os venezuelanos.

"Eu, sim, tenho mulher, escutaram? Eu gosto de mulheres", disse Maduro na segunda-feira, num ato de pré-campanha. Mais tarde, Capriles acusou seu oponente de "homofóbico".

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