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Os partidos de oposição da França rejeitaram o apelo do presidente Jacques Chirac para o diálogo no sábado, reafirmando planos para realizar uma nova marcha na próxima semana contra a lei do emprego para jovens.

Em reação ao discurso de Chirac feito na sexta-feira afirmando que ele assinaria a lei após modificações, grupos de oposição disseram que se aliariam a sindicatos e a grupos estudantis para promover protestos ainda maiores do que as turbulências que vêm atingindo a França, colocando o primeiro-ministro Dominique de Villepin sob pressão. Para evitar que a lei seja assinada, os partidos de oposição estariam disposto a inundar país com panfletos convocando para o próximo "dia de ação" de greves e demonstrações, na terça-feira, informou um dos líderes do partido de oposição, Patrick Farbiaz.

- Confirmamos nosso acordo unânime em demandar a retirada definitiva do Contrato do Primeiro Emprego (CPE) e a abertura de negociações reais com todos os sindicatos, estudantes antes que qualquer proposta de nova lei seja encaminhada ao Parlamento -disse Patrick Farbiaz, líder do partido ecologista Greens, após um encontro.

Uma estratégia conservadora estabelecida mais cedo neste sábado concordou com os críticos à lei para negociar com o governo antes de se introduzir qualquer modificação ao texto da lei, permitindo que os patrões possam dispensar trabalhadores com menos de 26 anos durante um período de dois anos de experiência.

Os manifestantes, que ultrapassaram o número de um milhão na terça-feira passada, argumentam que o CPE cria "postos de trabalho descartáveis", que tornam mais fácil para as empresas dispensar jovens trabalhadores. Os empregadores alegam que a forte proteção aos postos de trabalho dos funcionários veteranos os obriga a adiar a contratação de pessoal mais novo. A taxa de desemprego entre jovens na França é de 22% na França, muito acima da taxa média nacional, que é de 9,6%.

Chirac disse na noite de sexta-feira que assinaria a lei, mas em seguida, que o texto teria alterações encurtando o prazo de experiência para um ano e exigindo que os patrões justificassem qualquer demissão. O socialista e ex-ministro das Finanças Dominique Strauss-Kahn reagiu, afirmando que o governo havia perdido o foco dos protestos estudantis.

- Eles não querem apenas a redução do período de experiência de dois para um ano. Eles querem que o seu contrato de trabalho seja igual ao dos demais trabalhadores - disse, após o encontro da oposição.

Lideranças empresariais temem que mais protestos causem danos à imagem da França prejudicando investimentos e o turismo, especialmente, desde que as turbulências tiveram início logo após os protestos nos subúrbios das principais cidades francesas, ocorridos no fim do ano passado.

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