A principal coalizão oposicionista do Egito anunciou ontem sua rejeição ao referendo sobre a Constituição marcado pelo presidente Mohamed Mursi para o próximo dia 15 de dezembro.
Em uma nota lida por seu porta-voz, a Frente de Salvação Nacional ainda convocou protestos populares para a próxima terça-feira contra a Carta Magna aprovada pelo Congresso do país, sob o argumento de que não há consenso e de que ela não representa adequadamente os direitos das mulheres e das minorias.
"Realizar um referendo neste momento, na ausência de segurança, reflete pressa e falta de senso de responsabilidade por parte do regime, que arrisca punir o país com confrontos violentos", diz a nota.
"A Frente de Salvação Nacional rejeita o referendo a ser realizado em 15 de dezembro. Somos contra esse processo do início ao fim", afirmou Hussein Abdel Ghani a jornalistas.
Os principais líderes da coalizão, como seu coordenador, o Nobel da Paz Mohamed ElBaradei, o ex-chefe da Liga Árabe Amr Moussa, e o ex-candidato presidencial Hamdim Sabbahi. não participaram da coletiva de imprensa.
Decretos
No sábado, o presidente determinou o fim dos decretos que lhe davam mais poderes, mas manteve as medidas tomadas no período em que eles estiveram em vigência, desde 22 de novembro. Dentre elas, está a nomeação de um novo procurador-geral, que é recusada pela oposição.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura