Caracas UM batalhão de 23 candidatos disputa com o presidente Hugo Chávez a eleição presidencial da Venezuela, que será em 3 de dezembro. O elevado número de inscritos representa um desafio para o principal adversário de Chávez, Manuel Rosales. Governador do estado de Zulia (oeste), ele terá que unir a oposição em torno de seu nome. Rosales tenta cumprir essa tarefa com um posicionamento menos agressivo que o de Chávez, e sem ataques ao domínio global dos Estados Unidos.
Ele tem três meses para se levantar nas pesquisas, que dão índice de aprovação superior a 60% para Chávez e menos de 50% a todos os demais candidatos.
Na largada da campanha, Rosales disparou que não apóia o "barbudo", referindo-se ao cubano Fidel Castro, amigo pessoal de Chávez, nem combate o imperialismo. Mas essa estratégia não será suficiente para derrotar Chávez, eleito em 1998 e fortalecido após o golpe de abril de 2002, que o manteve apenas dois dias longe do poder. Muitos duvidam que Rosales vá conseguir estender a todo o país a popularidade conquistada em Zúlia. As fraquezas de Chávez a pobreza afeta 37% da população sinalizam o caminho de suas propostas.
O atual presidente, que pretende governar até 2013, encerra neste fim de semana sua terceira viagem à China, onde tenta garantir segurança alimentar à Venezuela. Até agora, só tem falado na eleição para descrever seus opositores como "aliados do império" e se colocar enquanto a única opção séria. Chávez chega perto de ridicularizar os opositores.
O terceiro colocado nas pesquisas, Benjamín Rausseo, cumpre o primeiro mês de campanha tentando se afirmar. O humorista chegou a chamar a imprensa internacional para garantir que sua candidatura é séria.
Além do setor antichavista, um outro decidiu promover a abstenção. Os "sem candidatos" aderem ao Comando Nacional da Resistência e ao social-democrata Ação Democrática, que durante 40 anos foi o principal partido do país.
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