O Conselho Nacional Sírio, principal grupo de oposição ao regime de Bashar al Assad, denunciou nesta segunda-feira um relatório da Liga Árabe sobre sua missão de observadores no país como um "passo atrás" na tentativa de por um fim à violência e pediu às Nações Unidas para se posicionar.
"O Conselho considera o relatório sobre o trabalho dos observadores como um passo atrás nos esforços da Liga e não reflete a realidade vista pelos observadores no terreno", afirmou o CNS em um comunicado recebido pela AFP na Nicósia.
O grupo expressou seu desapontamento com a "lentidão e a relutância da Liga Árabe em implementar o plano árabe, que claramente destaca a necessidade do exército retornar aos quartéis, libertar todos os detidos, autorizar manifestações pacíficas e dar acesso a observadores e jornalistas".
O CNS pediu à Liga Árabe para "iniciar imediatamente conversações com o secretário-geral da ONU para propor o plano árabe ao nível do Conselho de Segurança das Nações Unidas para adoção pelos estados-membros e evitar postergações", acrescentou.
O Conselho pediu "proteção aos civis por todos os meios legítimos no contexto da lei humanitária intermacional, incluindo o estabelecimento de zonas de segurança e de exclusão aérea".
Uma equipe de monitores da Liga Árabe está na Síria desde 26 de dezembro, tentando avaliar se o regime do presidente al Assad está de acordo com um acordo de paz com vistas a por um fim à repressão mortal sobre os dissidentes.
Críticos afirmam que a equipe foi completamente manipulada pelo governo e fracassou em fazer avanços para estancar a repressão, e pediram que a missão se retire.