Um plano da Organização das Nações Unidas (ONU) para terminar com a guerra civil na Síria não funcionaria na sua forma atual, disseram neste sábado a oposição apoiada pelo Ocidente e grupos rebeldes, numa rara demonstração de unidade, um dia depois de o governo ter afirmado que estava pronto para tomar parte da iniciativa.
Em julho, o enviado especial das Nações Unidas à Síria, Staffan De Mistura, anunciou a ideia de convidar os lados do conflito para formar quatro grupos de trabalho liderados pela ONU sobre como implementar um plano para a paz, uma vez que os grupos não estavam prontos para negociações de paz formais.
Numa rara ocasião de acordo entre os componentes políticos e militares da coalizão, o comunicado foi assinado pelos escritórios políticos de facções islâmicas poderosas como a Ahrar Al Sham e por aqueles apoiados pelos Estados Unidos, como a Divisão 101.
O ministro do Exterior sírio, Walid al-Moualem, disse na sexta-feira que o governo estava pronto para participar da iniciativa de Mistura, apesar de afirmar que qualquer resultado não teria caráter de obrigatoriedade.
“Consideramos que a iniciativa sobre os grupos de trabalho no formato atual e os seus pouco claros mecanismos propiciam o ambiente perfeito para reproduzir o regime”, disse a Coalizão Nacional para as Forças Revolucionárias e de Oposição Sírias, em comunicado.
Ela disse que o plano ignorou “a maioria” de resoluções relevantes da ONU sobre a Síria, como a que pede que o país se livre das armas químicas e permita acesso humanitário irrestrito.
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