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A oposição síria pediu neste sábado (26) uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU depois que as forças do regime bombardearam a região de Houla (centro) e provocaram a morte de pelo menos 90 pessoas, incluindo 24 crianças.

No momento em que a trégua negociada há um mês e meio é violada diariamente, o emissário internacional Kofi Annan se prepara para viajar à Síria no início da próxima semana.

Mais de 90 civis morreram desde sexta-feira nos bombardeios do Exército sírio contra Houla, na província de Homs, anunciou o diretor do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), Rami Abdel Rahman.

Os bombardeios começaram ao meio-dia de sexta-feira contra os subúrbios de Houla, em particular contra as localidades de Taldo, zona sul da cidade, e Tibeh, zona oeste, e prosseguiram durante a madrugada.

Neste sábado, muitos habitantes de Tibeh e Taldo fugiam para a área central de Houla pelo temor de novos bombardeios.

O OSDH denunciou a inação da comunidade internacional e da Liga Árabe, que chamou de "cúmplices do regime sírio no massacre de Houla".

Na sexta-feira, Abdel Rahman questionou o papel dos observadores da ONU mobilizados desde abril para controlar um cessar-fogo amplamente ignorado.

"Desde meio-dia falamos dos bombardeios e nenhum dos observadores instalados em Homs se mexeu", afirmou.

Durante a noite, o Conselho Nacional Sírio (CNS), principal coalizão da oposição, anunciou 110 mortes, metade delas de crianças, e exigiu a convocação de uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU para examinar a situação em Houla.

Segundo o OSDH, mais de 100 pessoas morreram em ações das forças do regime de Bashar al-Assad desde sexta-feira, dia que registrou importantes manifestações contra o governo em todo o país, em particular em Aleppo, segunda maior cidade da Síria.

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