A principal coalizão de oposição síria começou nesta segunda-feira seus esforços para a formação de um governo interino para fornecer serviços básicos para pessoas que vivem em partes do país agora controladas por forças rebeldes. A reunião acontece em Istambul, na Turquia.

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O encontro reúne membros da Coalizão Nacional Síria, que é reconhecida por dezenas de países e organizações como o legítimo representante do povo sírio. O esforço é o mais sério já realizado pelas forças que se opõem ao presidente Bashar Assad para estabelecer uma administração rival e reunir todas as facções que trabalham para derrubar seu governo.

Um primeiro-ministro deve ser escolhido pelos 73 membros da coalizão na segunda ou terça-feira. A primeira tarefa do novo premiê será a indicação de um novo governo, que será sediado no interior do território sírio.

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Mas não há garantia de sucesso. Duas tentativas anteriores de formar um governo interino fracassaram por causa das divisões no interior do grupo. Alguns membros disseram, antes do início da reunião desta segunda-feira, que não estava claro se chegariam a um acordo desta vez. Muitos também reclamaram do apoio internacional insuficiente à iniciativa.

Por outro lado outros membros afirmaram que os integrantes do grupo têm senso de urgência em razão do aumento do território sob controle rebelde. "O que adiou a decisão antes foi a falta de um acordo sobre a importância da formação de um governo", declarou Burhan Ghalioun, membro da coalizão e ex-líder do grupo antecessor, o Conselho Nacional Sírio. "Agora, as pessoas estão convencidas de que um governo é necessário."

Mas o fato de os membros da coalizão descartarem qualquer possibilidade de negociar com o atual regime e insistirem em conversar apenas quando Assad deixar o poder pode frustrar os partidários ocidentais, dentre eles os Estados Unidos. Muitos acreditam que a única forma de chegar a esse cenário é por meio do contínuo avanço das forças rebeldes.

Atualmente, as áreas tomadas pelos rebeldes são administradas por uma mistura de conselhos locais e brigadas rebeldes, muitas das quais administram padarias, patrulhas de segurança e tribunais e prisões para criminosos e soldados capturados em combate. Mas serviços governamentais mais ambiciosos, como fornecimento de eletricidade e água, são limitados.

Nos últimos dois meses, vários integrantes da coalizão, dentre eles seu líder, Mouaz al-Khatib, têm visitado essas áreas. Khalid Saleh, porta-voz da coalizão, disse que essas visitas fizeram muitos se darem conta da necessidade de um governo da oposição. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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