Ativistas contrários ao regime que estão por trás dos protestos na Síria criticaram hoje figuras da oposição que realizaram uma reunião sem precedentes em Damasco, quando pediram uma revolução pacífica no país.

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Cerca de 160 dissidentes, vários dos quais já passaram anos como presos políticos, comprometeram-se ontem a pressionar por um levante pacífico, após o presidente Bashar al-Assad convidar a oposição para o diálogo. As figuras da oposição, todas independentes e não filiadas a partidos políticos, reuniram-se em um hotel de Damasco.

"Como uma questão de princípio, o [grupo] Comitês para a Coordenação da Revolução Síria condena qualquer tipo de encontro ou congresso realizado sob o respaldo do regime", afirmou o grupo em sua página no Facebook. "Os revolucionários devem tomar dezenas de medidas de segurança e dissuasivas antes de realizarem um encontro do tipo, como evitarem ser presos, torturados ou eliminados", afirmou a entidade em comunicado.

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Segundo a mensagem, é "natural" que sejam levantadas questões em torno dessa reunião, realizada em meio a um regime repressivo. "Ninguém deve dar o mínimo de legitimidade para o regime às custas do sangue de nossos mártires e do sofrimento dos detidos" notou o texto. "Os comitês renovam seu compromisso com as ruas sírias."

Desde meados de março, o regime tem reprimido violentamente os protestos por democracia. Ontem, porém, autoridades convidaram a oposição para uma reunião em 10 de julho, para discutir importantes mudanças na Constituição.