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Rebeldes entraram em confronto com o Exército no norte da Síria neste sábado (12), disseram ativistas, enquanto dissidentes sírios se reuniam no exterior para tentar unificar posições e se projetarem como uma alternativa confiável ao presidente Bashar al-Assad.

O grupo Observatório Sírio para os Direitos Humanos informou a ocorrência de confrontos na província de Idlib, que se situa no norte, na fronteira com a Turquia e é um dos pontos centrais da revolta contra o regime de Assad, a qual já dura 14 meses.

"Está havendo enfrentamentos violentos entre as forças do regime sírio e desertores armados do Exército... ouve-se os sons de fortes explosões, seguidos pelo uso de fogo de metralhadoras e armas pesadas por parte das forças de segurança", afirmou o Observatório, sediado em Londres.

A violência prossegue no país apesar de o enviado internacional Kofi Annan ter firmado um cessar-fogo com o governo sírio, um mês atrás, e de estarem na Síria cerca de 150 observadores de uma missão de monitoramento da ONU.

Líderes oposicionistas baseados no exterior foram a Roma para uma reunião que tentará fortalecer o fragmentado Conselho Nacional Sírio, que busca ajuda internacional na luta contra Assad.

As divergências políticas no interior do Conselho o impede de obter pleno apoio internacional. Membros da executiva do grupo disseram à Reuters que poderão escolher um novo presidente ou reestruturar o Conselho, num esforço para obter maior ajuda externa.

Em Damasco, multidões se reunirão para homenagear as 55 pessoas mortas em dois atentados suicidas na cidade na quarta-feira, o pior ataque no país desde o início do levante contra o governo.

A carnificina na Síria, antes restrita a cidades nas províncias e na área rural, está chegando mais perto da capital e de Aleppo, centro comercial do norte, localidades em que tinha havido pouca contestação ao poder de Assad até se registrarem explosões de bombas nas últimas semanas.

O pouco conhecido grupo al-Nusra Front reivindicou neste sábado a responsabilidade pelo duplo atentado em Damasco, em um comunicado postado no YouTube. Mas o vídeo não apresenta clara evidência do envolvimento do grupo.

O governo de Assad vem repetindo que o crescente número de explosões em cidades maiores é uma prova de que está enfrentando grupos de militantes com apoio de fora do país, e não um levante interno.

Ativistas locais e o grupo Exército Sírio Livre, que costumam atacar comboios do Exército e alvos militares, negaram estar por trás dos atentados. A oposição acusa o governo de orquestrar as explosões para manchar sua reputação.

O levante sírio começou como um movimento pacífico de protesto, mas se militarizou rapidamente à medida que os rebeldes combatiam a violenta repressão das forças de Assad.

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