Ativistas da oposição síria reunidos em Istambul anunciaram nesta quinta-feira os membros de um Conselho Nacional Sírio, como uma alternativa ao governo do presidente Bashar al-Assad, enquanto continua a repressão brutal às manifestações em seu país.
Falando em uma coletiva de imprensa no fim de quatro dias de reuniões, Basma Kadmani, uma exilada síria que vive na França, disse que o conselho espera "ajudar a derrubar a ditadura de Assad dentro de seis meses" e formar um governo interino.
"A visão política do conselho dará um estímulo à escalada da obra revolucionária que estamos vendo", disse ela.
"Esse grupo, baseado em iniciativas anteriores e no que a rua está exigindo, pede a queda do regime com todas as suas ramificações."
Embora condene a resposta repressiva do governo sírio aos protestos pró-democracia, a comunidade internacional lamenta a falta de uma oposição unificada com quem possa dialogar.
Ao finalizar os nomes de seus membros, representantes dos vários grupos étnicos, religiosos e políticos da Síria, o conselho espera preencher esse vácuo.
"O próximo passo será o reconhecimento internacional, e o conselho vai agir de acordo com os desejos do povo sírio", disse à Reuters no fim do encontro em Istambul Adip Shishakly, membro de uma família síria proeminente na política.
Embora não descarte a possibilidade de intervenção militar estrangeira na Síria enquanto mais manifestantes pedem proteção internacional, Kadmani disse que o foco agora era aumentar a pressão diplomática e econômica sobre Assad.
Cerca de 140 pessoas foram escolhidas como membros do conselho, sendo que 40 por cento estão baseadas fora da Síria, mas outras pessoas podem ser nomeadas mais tarde.
Uma lista com 72 membros circulava, mas os nomes dos que estão na Síria não foram divulgados para protegê-los de retaliações das forças de segurança de Assad.
NOVA VIOLÊNCIA
Islamistas, incluindo membros da Irmandade Muçulmana, foram escolhidos junto com esquerdistas, nacionalistas e independentes. Todos os grupos étnicos e religiosos da Síria estão representados.
O governo de Assad está cada vez mais isolado internacionalmente, e fracassou em introduzir reformas substanciais enquanto usa força contra seu povo para conter manifestações.
As Nações Unidas disseram na segunda-feira que 2.600 pessoas foram mortas na violência na Síria.
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