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O partido social-democrata venezuelano Ação Democrática (AD) insistiu nesta quinta-feira na desqualificação do novo Poder Eleitoral, que classificou de parcial, mas o partido pretende dar um prazo antes de decidir se promoverá a abstenção nas eleições presidenciais de dezembro deste ano.

- Com o novo Conselho Nacional Eleitoral, veríamos suas intenções de fazer um processo limpo, mas há quatro membros afeitos ao governo - disse o secretário-geral, Henry Ramos.

O conselho tem cinco integrantes e dez suplentes. Os membros foram designados há três semanas e deverão convocar e organizar as eleições presidenciais do dia 3 de dezembro, para o período 2007-2013.

Os partidos têm até o dia 3 de junho para propor modificações no regulamento eleitoral.

A Ação Democrática foi um dos principias partidos que pediram a abstenção de toda a oposição nas eleições legislativas de dezembro do ano passado. Os governistas obtiveram os 167 assentos da Assembléia Nacional, em uma eleição que teve 25% de comparecimento às urnas.

Os opositores de Hugo Chávez apresentaram dez exigências, um mês e meio atrás, para modificações nas regras eleitorais. Entre elas, estão a depuração do registro eleitoral, o fim do voto eletrônico e a contagem manual de todos os votos.

- Nosso único recurso é não participar, se não dão estas garantias - disse Ramos.

Ele acha que uma nova recusa colocaria Chávez sem credibilidade perante a comunidade internacional.

O presidente, por sua vez, tem dito que, se a abstenção for efetivada, convocará um referendo para continuar no poder até 2031.

Ramos, porém, disse que a postura é mais uma bravata, pois, para convocar o referendo, ele teria primeiramente que reformar a Constituição.

Existem seis pré-candidatos de oposição. Segundo as últimas pesquisas, nenhum deles passa dos 5% de intenção de votos, enquanto Chávez está na casa dos 60%.

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