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A oposição venezuelana reunida na Plataforma Unitária Democrática informou nesta segunda-feira (23) que iniciará um processo de consulta "com todos os setores do país" para determinar a fórmula de realização das eleições primárias nas quais definirá o candidato que enfrentará o chavismo nas eleições presidenciais de 2024.
"A Plataforma Unitária Democrática informa que iniciará um processo de consulta com todos os setores do país, sobre a melhor maneira de realizar as eleições primárias", anunciou a coalizão em comunicado à imprensa.
A decisão é divulgada depois que, no último dia 16 de maio, o grupo anunciou que escolherá um candidato presidencial da oposição por meio das eleições primárias que planeja realizar em 2023.
O início da consulta foi acordado na primeira reunião da plataforma, realizada na manhã desta segunda-feira, na qual participaram representantes de vários partidos políticos.
“Além dos contatos diretos com instituições e personalidades, será ativada nos próximos dias uma página na web para receber as opiniões e recomendações dos venezuelanos sobre o processo primário em nível nacional”, declarou o secretário-executivo da coalizão, Omar Barboza.
Ele declarou ainda que, na reunião, foi aprovado o regulamento da plataforma, com o qual, segundo garantiu, “trabalharão com regras claras” de funcionamento. Também foram criadas seis comissões de trabalho e um cronograma para conhecer a opinião dos cidadãos sobre as primárias.
O dirigente detalhou que as comissões criadas foram as de comunicação, estratégia, organização, plano país, alianças e solidariedade social e que "servirão para operacionalizar a Plataforma Unitária Democrática diante dos objetivos traçados pelos venezuelanos para resgatar a liberdade e a democracia".
A plataforma, formada pelo grosso das organizações políticas que se opõem à ditadura de Nicolás Maduro, conta com o apoio do líder opositor, Juan Guaidó, reconhecido como presidente interino da Venezuela por alguns países.
A maioria desses partidos políticos não participou das eleições presidenciais de 2018, nas quais o ditador Maduro foi reeleito, nem das eleições parlamentares de 2020, nas quais o chavismo conquistou uma vitória acachapante, por considerar que eram processos fraudulentos.