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Ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, fala em Caracas, em abril de 2022.
Ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, fala em Caracas, em abril de 2022.| Foto: EFE/ RONALD PEÑA

A oposição venezuelana reunida na Plataforma Unitária Democrática informou nesta segunda-feira (23) que iniciará um processo de consulta "com todos os setores do país" para determinar a fórmula de realização das eleições primárias nas quais definirá o candidato que enfrentará o chavismo nas eleições presidenciais de 2024.

"A Plataforma Unitária Democrática informa que iniciará um processo de consulta com todos os setores do país, sobre a melhor maneira de realizar as eleições primárias", anunciou a coalizão em comunicado à imprensa.

A decisão é divulgada depois que, no último dia 16 de maio, o grupo anunciou que escolherá um candidato presidencial da oposição por meio das eleições primárias que planeja realizar em 2023.

O início da consulta foi acordado na primeira reunião da plataforma, realizada na manhã desta segunda-feira, na qual participaram representantes de vários partidos políticos.

“Além dos contatos diretos com instituições e personalidades, será ativada nos próximos dias uma página na web para receber as opiniões e recomendações dos venezuelanos sobre o processo primário em nível nacional”, declarou o secretário-executivo da coalizão, Omar Barboza.

Ele declarou ainda que, na reunião, foi aprovado o regulamento da plataforma, com o qual, segundo garantiu, “trabalharão com regras claras” de funcionamento. Também foram criadas seis comissões de trabalho e um cronograma para conhecer a opinião dos cidadãos sobre as primárias.

O dirigente detalhou que as comissões criadas foram as de comunicação, estratégia, organização, plano país, alianças e solidariedade social e que "servirão para operacionalizar a Plataforma Unitária Democrática diante dos objetivos traçados pelos venezuelanos para resgatar a liberdade e a democracia".

A plataforma, formada pelo grosso das organizações políticas que se opõem à ditadura de Nicolás Maduro, conta com o apoio do líder opositor, Juan Guaidó, reconhecido como presidente interino da Venezuela por alguns países.

A maioria desses partidos políticos não participou das eleições presidenciais de 2018, nas quais o ditador Maduro foi reeleito, nem das eleições parlamentares de 2020, nas quais o chavismo conquistou uma vitória acachapante, por considerar que eram processos fraudulentos.

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