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Juan Guaidó durante uma entrevista coletiva em Caracas (Venezuela).
O líder da oposição do país, Juan Guaidó, durante uma entrevista coletiva em Caracas (Venezuela).| Foto: EFE/Rayner Pena R.

A oposição venezuelana englobada na chamada Plataforma Unitária confirmou nesta quinta-feira (24) a retomada do processo de diálogo com o governo de Nicolás Maduro, suspenso em outubro do ano passado, em um comunicado que não detalha a data do reinício.

Já a Noruega, país mediador do processo, anunciou que o retorno foi marcado para sábado (26).

O diálogo, que vinha ocorrendo desde agosto de 2021 no México, foi suspenso três meses depois por decisão do governo, em protesto contra a extradição do empresário colombiano Álex Saab - suposto testa de ferro de Maduro - para os Estados Unidos, onde enfrenta julgamento por lavagem de dinheiro.

Essa corrente da oposição disse que chega ao diálogo "com a urgência e a vontade de encontrar, de uma vez por todas, acordos tangíveis e reais que se traduzam em soluções para a crise humanitária (...) e, especialmente, a construção de condições e instituições que garantam, entre outras coisas, eleições livres e observáveis".

"Somos gratos pelo interesse e apoio demonstrado por diferentes governos de países amigos para tornar este reinício possível. Contamos com este apoio da comunidade internacional para continuar e intensificar todo o processo", acrescentou a plataforma.

No Twitter, o governo norueguês, através de sua embaixada no México, disse que a retomada das negociações está prevista para sábado, no México, onde "as partes assinarão um acordo parcial sobre questões sociais".

No último dia 11, o chefe da delegação pró-governo, Jorge Rodríguez, e o chefe da delegação da oposição, Gerardo Blyde, realizaram uma reunião em Paris que contou com participação dos presidentes de França (Emmanuel Macron), Colômbia (Gustavo Petro) e Argentina (Alberto Fernández), assim como da ministra das Relações Exteriores da Noruega (Anniken Huitfeldt).

O encontro, realizado pela França, Colômbia e Argentina como parte do Fórum de Paz de Paris, pretendia abrir as portas para o governo venezuelano e a oposição liderada por Juan Guaidó retomarem as negociações para a realização de eleições presidenciais em 2024.

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