A líder opositora María Corina Machado, durante manifestação em Caracas em 28 de agosto| Foto: EFE/Ronald Peña
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O maior bloco de oposição na Venezuela, a Plataforma Unitária Democrática (PUD), que vem lutando nos últimos meses contra a fraudulenta reeleição de Nicolás Maduro, classificou sua posse nesta sexta-feira (10) como uma "usurpação ilegal do poder e um golpe de Estado que ignora a vontade popular".

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O bloco de oposição divulgou um comunicado, apelando aos cidadãos para que mantenham-se ativos na luta pela democracia na Venezuela. “Devemos manter o comportamento da Resistência Democrática permanente e ativo, até que a Constituição Nacional seja respeitada”, expressaram.

Segundo comunicado da PUD, liderada por Maria Corina Machado e Edmundo González Urrutia, esta situação representa uma "nova fase" na luta pela democracia no país.

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“Em 28 de julho de 2024, pelo menos 7.443.584 venezuelanos disseram em alto e bom som que Edmundo González Urrutia é quem deveria tomar posse como presidente neste dia 10 de janeiro para guiar o destino do país nos próximos seis anos”, afirmou a aliança de oposição.

A oposição voltou a denunciar por meio do novo comunicado divulgado nesta sexta-feira, em meio à cerimônia de posse de Maduro, que os resultados oficiais do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) nunca foram publicados, descrevendo o episódio como parte da “maior fraude perpetrada na Venezuela contra a vontade do povo”.

Ainda, os opositores criticaram a falta de transparência do regime chavista na divulgação dos dados eleitorais e agradeceram o apoio internacional diante da fraude.

“O papel dos nossos aliados além das nossas fronteiras é importante para validar cada fato que nos levou a este ponto, onde a única conclusão que todos os países democráticos que nos apoiam querem é que a Venezuela seja livre”, diz o documento.

Nicolás Maduro tomou posse nesta sexta-feira (10), na Assembleia Nacional, em Caracas, em cerimônia presidida pelo aliado do ditador e chefe do Parlamento, Jorge Rodríguez.

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O perfil na rede social X do Comando com Venezuela, ligado à Corina Machado, informou que ela falará às 14h de Caracas (15h no horário de Brasília).