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Eleições

Oposicionista afegão aceita disputar 2.º turno, mas defende coalizão

Abdullah, o segundo colocado nas eleições iranianas: divisão do poder | Shah Marai/AFP
Abdullah, o segundo colocado nas eleições iranianas: divisão do poder (Foto: Shah Marai/AFP)

Cabul - O ex-chanceler afegão Abdullah Abdullah, rival do presidente Ha­­mid Karzai, disse ontem que está preparado para disputar o segundo turno das eleições em seu país, que deve ocorrer em 7 de novembro. Mas deixou aberta a possibilidade de formar um governo de coalizão com Karzai, o que can­­cela­­ria a segunda votação.

Assessores do presidente Ba­­rack Obama disseram, sob a condição de anonimato, que os Estados Unidos acatariam essa partilha de poder, dependendo de como ela seria implementada.

Segundo o jornal The New York Times, diplomatas ocidentais e funcionários afegãos afirmaram, no entanto, que a formação de um governo compartilhado é remota. Eles disseram que houve um grande interesse no início, mas que a negociação fracassou porque os dois candidatos não conseguiram chegar a um acordo.

Os oficiais informaram ainda que não há pressão para que Karzai e Abdullah fechem um acordo – mesmo que isso resultasse no fim do impasse político em que o país está mergulhado desde a eleição de 20 de agosto. "Já começamos a preparação para o segundo turno", disse Abdullah. "Vamos deixar os afegãos decidirem. Esse é o meu compromisso."

O oposicionista discursou um dia após Karzai ter concordado em disputar o segundo turno, depois de uma investigação concluir que ele não obteve os 50% dos votos necessários para vencer no primeiro turno.

Uma comissão da ONU determinou que fossem invalidados quase 1 milhão dos votos de Kar­­zai, por causa de fraudes. Assim, o presidente ficou com 48,3% dos votos, em vez dos 54,6%.

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