O bombardeio dos militares sírios ao bairro de Baba Amro, na cidade de Homs, que está tomado por grupos insurgentes, entrou este sábado (25) em sua quarta semana enquanto a Cruz Vermelhatentava remover da área civis extenuados pelo conflito.

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Pelo menos 28 pessoas foram mortas na Síria neste sábado (25), incluindo nove em Homs, terceira maior cidade do país, de acordo com o grupo Observatório Sírio dos Direitos Humanos.

A agência de notícias estatal Sana informou que foram realizados os funerais de 18 membros das forças de segurança mortos por "grupos terroristas armados" em Homs, Deraa, Idlib e na área rural de Damasco.

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Ativistas sírios criticaram os resultados da conferência internacional "Amigos da Síria" e disseram que o mundo os abandonou, deixando-os serem mortos pelas forças leais ao presidente Bashar al-Assad.

"Eles (os líderes estrangeiros) ainda estão dando oportunidades a este homem que está nos matando e já matou milhares de pessoas", disse o ativista Nadir Husseini, em Baba Amro.

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha informou ter retomado as negociações com as autoridades sírias e com a oposição para permitir a retirada de civis para áreas seguras.

Segundo Husseini, os moradores de Baba Amro não confiam na entidade parceira da Cruz Vermelha no país, o Crescente Vermelho Árabe-Sírio, e não querem trabalhar com um grupo "sob o controle do regime".

A Cruz Vermelha negou essa acusação, dizendo que o Crescente Vermelho Sírio é uma organização independente. "Os voluntários deles estão arriscando suas vidas diariamente para ajudar qualquer um, sem exceções", declarou o porta-voz da Cruz Vermelha em Genebra Hicham Hassan.

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A Cruz Vermelha afirmou que a entidade parceira na Síria removeu um total de 27 pessoas de Baba Amro na sexta-feira).

(Reportagem adicional de Dominic Evans em Beirute, Stephanie Nebehay em Genebra, Seda Sezer em Istambul e Mitra Amiri em Teerã)