O ativista Serguei Tikhanovski, opositor ao ditador de Belarus, Alexander Lukashenko, foi condenado a 18 anos de prisão. Segundo informações da agência estatal bielorrussa, as acusações incluíam “organização de rebeliões em massa” e incitação à hostilidade social.
Svetlana Tikhanovskaia, esposa de Serguei e também ativista, relatou no Twitter que outros cinco acusados foram condenados a penas entre 14 e 16 anos de prisão. Tikhanovski foi preso pelo regime de Belarus logo após anunciar que concorreria à presidência, em maio de 2020. Svetlana Tikhanovskaia assumiu a candidatura, mas perdeu para Lukashenko, numa eleição contestada.
“O ditador vinga-se publicamente de seus adversários mais fortes. Enquanto esconde os presos políticos em julgamentos fechados, ele espera continuar a repressão em silêncio. Mas o mundo inteiro assiste. Não vamos parar”, escreveu Tikhanovskaia.
“A própria existência dessas pessoas (ativistas) é um crime para o regime. Elas são reprimidas pelo desejo de viver em um Belarus livre”, acrescentou.
Egils Levits, presidente da Letônia, criticou as condenações no Twitter. “Fiquem fortes, Svetlana Tikhanovskaia e as famílias dos outros condenados a longas penas de prisão pelo regime do tirano Alexander Lukashenko. Como disse o dissidente letão Gunārs Astra no tribunal em 1983, ‘Essa época vai desaparecer, como um pesadelo’”, escreveu.
Antony Blinken, secretário de Estado dos Estados Unidos, também condenou as sentenças e pediu “pela libertação imediata e incondicional (dos condenados) e de todos os mais de 900 presos políticos detidos pelo regime de Lukashenko”.