O senador opositor boliviano Roger Pinto, refugiado há mais de 13 meses na embaixada do Brasil em La Paz, pediu nesta segunda-feira (8) à Organização dos Estados Americanos (OEA) que se pronuncie sobre seu caso como fez ano passado quando o Equador decidiu conceder asilo ao fundador do Wikileaks, Julian Assange.

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A filha do senador, Denise Pinto, entregou hoje à imprensa uma carta de seu pai ao secretário-geral da OEA, o chileno José Miguel Insulza, na qual o opositor lamentou que o governo de Evo Morales se negue a dar o salvo-conduto que requer para deixar o país e viajar ao Brasil, que lhe outorgou asilo.

Pinto lembrou que "a OEA se pronunciou em respaldo do Equador, em ocasião do asilo concedido a Julian Assange".

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"Considero ter o mesmo direito que ele para solicitar à OEA que se pronuncie em relação a meu caso e em aplicação da Carta Democrática", escreveu o opositor.

Pinto permanece asilado desde o dia 28 de maio de 2012 na sede da embaixada em La Paz e alega que é vítima de uma "perseguição política" por acusar de corrupção e conivência com o narcotráfico o governo de Morales, que rejeita tal denúncia.

Quando pediu asilo na sede diplomática brasileira o senador temia ser detido porque enfrentava mais de 20 julgamentos impulsionados pelo governo em diferentes cidades bolivianas.

O Executivo de Morales negou a permissão de saída ao senador alegando que está envolvido em supostos atos de corrupção.