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O político Leopoldo López disse nesta terça-feira (18) que vai manter sua campanha para as eleições primárias da oposição venezuelana, em fevereiro de 2012, apesar de uma decisão judicial que o proíbe de ocupar cargos públicos. Ao lado da esposa e de cerca de 200 seguidores, López declarou que vai aproveitar a sentença da Suprema Corte da Venezuela, que decidiu que ele pode disputar eleições, mas não poderá tomar posse caso vença. A cassação ocorreu devido a acusações de corrupção que não chegaram a ser julgadas. "Posso ser e serei candidato a presidente da Venezuela", disse o ex-prefeito de 40 anos.

Na segunda-feira (17), a Suprema Corte decidiu desconsiderar uma decisão da Corte Interamericana de Direitos Humanos contra a cassação dos direitos políticos de López. "A decisão (de eleger o presidente) não é a CIDH nem da Suprema Corte, é algo que cabe só ao povo venezuelano determinar", gritou ele. "Eles estão errados se acham que vamos simplesmente nos ajoelhar". López, que aparece em terceiro lugar nas pesquisas relacionadas à disputa interna da oposição, tornou-se conhecido como prefeito do rico bairro de Chacao, em Caracas. Ele era favorito para ser eleito prefeito de toda a capital em 2008, mas teve sua candidatura cassada pelo devido a suspeitas de corrupção. Ele não chegou a ser julgado, mas mesmo assim foi proibido de ocupar cargos públicos até 2014. Analistas políticos preveem uma situação complicada caso ele seja escolhido candidato e vença o presidente esquerdista Hugo Chávez nas urnas. Muitos argumentam que, nesse cenário, a vontade popular acabaria se sobrepondo à decisão da Suprema Corte, cujos integrantes foram escolhidos por Chávez. Os jovens governadores Henrique Capriles, do Estado Miranda, e Pablo Pérez, de Zulia, são favoritos na eleição primária que escolherá o rival de Chávez.

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