Caracas - Alejandro Pena Esclusa, líder de um grupo que faz oposição ao presidente Hugo Chávez, que está preso desde o dia 12 de julho, foi acusado na sexta-feira de conspiração e tráfico de armas. Pena Esclusa afirma que o caso é uma farsa. O escritório da promotoria geral disse em comunicado que os agentes que invadiram seu apartamento encontraram cerca de 11 detonadores e 900 gramas de explosivos C-4. As autoridades ligaram a prisão de Pena à captura do salvadorenho Francisco Chávez Abarca, que é acusado de organizar ataques à bomba em Cuba. O ministro da Justiça Ta­­reck El Aissami disse que Abarca conhecia os planos para promover a violência e atrapalhar as eleições venezuelanas e que contatou alguns "setores fascistas da oposição venezuelana".

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Pena Esclusa, que está detido em Caracas, disse por meio de cartas que o governo orquestrou o caso e ordenou que as provas fossem "plantadas" na sua casa. Ele disse que os policiais que en­­traram em sua casa roubaram dinheiro, aparelhos eletrônicos e outros pertences. A mulher de Pena Esclusa, Indira, acusou as autoridades de plantarem os explosivos numa gaveta da es­­crivaninha de sua filha de 8 anos. Pena Esclusa dirige a organização Força Solidária, que se opõe a Chávez e a outros governos de esquerda latino-americanos e defende a economia de li­­vre mercado.