O candidato da maior coalizão de oposição da Venezuela, Edmundo González Urrutia, reiterou neste sábado (23) que assumirá o cargo de presidente em 10 de janeiro, data da posse, pois afirma que venceu as eleições de 28 de julho, apesar de o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) ter indicado Nicolás Maduro como reeleito.
“Estamos lutando, estamos levando nossa voz, a voz de todos os venezuelanos ao exterior”, destacou o líder opositor - exilado na Espanha desde setembro - durante uma reunião com jovens ativistas.
González Urrutia também garantiu que a cada dia “o apoio é mais explícito”, ao mesmo tempo em que afirmou que "todos estão determinados a reconstruir a Venezuela a partir de 10 de janeiro".
“Para isso, contamos com o apoio e o suporte de cada um de vocês, onde quer que estejam”, disse.
Enquanto isso, na mesma reunião, a opositora María Corina Machado, disse que está planejando um “grande protesto” para 1º de dezembro, dentro e fora do país sul-americano, em apoio a González.
Após as eleições, a maior coalizão da oposição, a Plataforma Unitária Democrática (PUD), denunciou a vitória de Maduro como “fraudulenta” e argumentou que González Urrutia é o presidente eleito com base em 83,5% das atas de votação que foram coletadas por meio de testemunhas e documentos que o regime chavista acusa a entidade de falsificar.
Assim como o candidato da oposição, o ditador Maduro - que controla todas as instituições venezuelanas - também planeja tomar posse como presidente em janeiro, enquanto vários governos estrangeiros não reconhecem sua reeleição e outros países pedem a publicação de resultados detalhados para esclarecer sua vitória contestada.